Discurso de António de Spínola
Porto, direto do discurso do General António de Spínola, presidente da República, a partir da varanda da Câmara Municipal, em que destaca a importância da união entre a população, as Forças Armadas Portuguesas e o 1º Governo Provisório de modo a implementar os ideais defendidos na Revolução do 25 de Abril.
Resumo Analítico
População aguarda a chegada do cortejo presidencial na Avenida dos Aliados; chegada do General António de Spínola, destacando-se mulher que lhe oferece ramo de flores e lhe dá criança para beijar, que acena a partir da Câmara Municipal à população que retribui com aplausos, cumprimenta João Cabral, gestor do município como vereador, e faz gesto de agradecimento dirigido à população. Discurso do General António de Spínola, a partir da varanda da Câmara Municipal, em que apela à união de Portugal e dos portugueses, faz referência à Revolução do 25 de Abril e à liberdade que trouxe à população devido à ação das Forças Armadas, rejeita os caminhos da anarquia, caos económico, desordem e desemprego definindo-os como reacionários, afirma que o povo deve optar por "salvar o país ou a ruína. A liberdade democrática ou o anarquismo. O anarquismo que em todos os tempos foi o cancro das sociedades democráticas e da liberdade", apela a que o povo ajude as Forças Armadas e o 1º Governo Provisório na restituição da liberdade ao país e grita "Viva Portugal, viva Portugal democrático livre e viva a liberdade do povo português". General António de Spínola faz sinal de continência durante a interpretação do Hino Nacional, acena e agradece à população acompanhado pelo Coronel Passos Esmeriz, comandante da Região Militar do Porto, conversa com Dom António Ferreira Gomes, bispo do Porto, e acena à população. População rodeia e escolta o automóvel presidencial que se dirige para o Quartel General da Região Militar do Porto.