Programa de cariz biográfico, apresentado por Maria João Gama, que dá a conhecer as carreiras profissionais de grandes vultos da rádio e da televisão. Jorge de Sousa Costa fala do seu gosto pelo teatro e da sua juventude passada no interior do país, em virtude do pai ser magistrado. Estudou em Coimbra, onde conheceu Bernardo Santareno que, mais tarde em Lisboa e face ao seu desejo de entrar numa peça deste dramaturgo a estrear no Teatro Nacional, lhe diz para falar com Amélia Rey Colaço. Entra no elenco da peça, no Teatro Dona Maria II, estreando-se como ator, sem nunca ter feito teatro antes e já com mais de 30 anos. Trabalhou sob a direção de Ribeirinho na peça "Leonor Teles, onde fez de Conde de Andeiro. Recorda a qualidade dos mestres que teve a dirigi-lo, quer na rádio, quer na televisão. Na primeira peça feita na televisão foi figurante, muitas mais se seguiram, algumas em direto, das quais recorda o calor em estúdio. Do teatro radiofónico retirou não só a boa dicção, como a intencionalidade e os sentimentos dados pela entoação da voz, que afirma lhe ter sido uma escola muito útil. Para além do teatro que fez na EN, apresentou semanalmente um magazine, de teatro e cinema, e um programa de poesia na RDP. Continua a fazer rádio, nos novos parodiantes de Lisboa. Confessa que adora dizer poesia e que mantém um recital anual, acompanhado por guitarristas. No cinema fez "Retalhos da Vida de um Médico", recebendo uma menção honrosa pelo seu desempenho. No ano seguinte, 1963, esteve presente no festival de cinema de Berlim. A sua preenchida carreira é ilustrada com fotografias e imagens de arquivo.