Maria do Céu Carmo Reis encostada a parede com mural do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA); vista da Torre de Belém a partir do Restelo; declarações de Maria do Céu sobre a rutura com o pai numa tentativa de representação da luta de classes aos dezoito anos, as diferentes conclusões a que chegou sobre a questão do colonialismo em Angola, a infância passada no Andulo e a convivência direta com o colonialismo, ilustradas com petroleiro no Rio Tejo, em Lisboa. 01h13m27: Declarações de Maria do Céu sobre o prestígio e poder do pai, Administrador do Concelho do Andulo, o facto de Andulo ser um local que fornecia a mão-de-obra para as unidades de produção angolanas, o lucro da mão-de-obra negra e a sua exploração. 01h16m11: Junto ao Aeroporto de Lisboa: declarações de Maria do Céu sobre a chegada a Lisboa em 1971, a revolta da sua geração contra as instituições familiares e a ambiguidade de sentimentos caracterizada pelo drama do afastamento de Angola e o contentamento por estar livre de um sistema repressivo, ilustradas com mão de Maria do Céu no gradeamento do aeroporto. 01h20m15: Declarações de Maria do Céu sobre o que Lisboa representava para si quando estava em Angola e o que sentiu ao mudar de continente; vista aérea da Baía de Luanda, em Angola; pormenor da estrela da bandeira do MPLA; africanos no mercado e a transportar os filhos às costas; coroa real e esferas armilares em portal; cruz e leão em pedra; tropas portuguesas em Angola; bombardeamento com canhão; manifestação anticolonialista; soldado em posto de vigia. 01h23m21: António de Oliveira Salazar, Presidente do Conselho de Ministros a discursar (sem som); declarações de Maria do Céu junto ao Hospital de Santa Maria, onde funciona a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, sobre a imposição do curso de Medicina pelo pai, para que se projetasse socialmente em Angola, e a manipulação das elites angolanas com o objetivo de falsear a realidade do país, ilustradas com homens a caminhar junto ao Hospital de Santa Maria, transeuntes, desfile de tropas e sinaleiro, tomada da Pedra Verde, em Angola. 01h29m35: Declarações de Maria do Céu, junto ao edifício onde funcionou a antiga Casa dos Estudantes do Império em Lisboa, sobre o contributo da Casa para a aquisição da consciência política, o clima de desconfiança política que se sentia na altura, livros importantes que partilhou com colegas e o receio de regressar a Angola. 01h34m27: Declarações de Maria do Céu sobre o facto de o pai se opor a que frequentasse a Casa dos Estudantes do Império e o contributo da mesma para o seu processo de consciencialização política; fachada da antiga Casa dos Estudantes do Império; Baía de Luanda; General Humberto Delgado, candidato da oposição à Presidência da República em 1958, em campanha eleitoral; fotografias de soldados; manifestação antifascista; eleitores em fila para votar; mesa de voto; António de Oliveira Salazar entre a multidão; Almirante Américo Tomás, Chefe de Estado, na Assembleia Nacional. 01h39m32: Regresso a Lisboa do paquete "Santa Maria" vindo de Angola, em 1961; multidão acena aos militares no Cais da Rocha de Conde de Óbidos; militares acenam do convés; pormenor do nome do paquete inscrito no casco; António de Oliveira Salazar a cumprimentar um elemento da tripulação e junto do comandante; vista da Baía de Luanda; mulheres africanas a transportar sacos à cabeça e com crianças; deficientes vítimas da guerra colonial (1961-1974); guerrilheiros africanos no mato; Maria do Céu a falar junto à Estação de Santa Apolónia, em Lisboa, e encostada a uma parede com um mural do MPLA (sem som). 01h43m13: Declarações de Maria do Céu sobre o seu trabalho em prol da educação e da cultura ao nível da luta de libertação nacional; pormenor da estrela da bandeira do MPLA; guerrilheiros africanos no mato; inscrição do nome do paquete "Uíge" no casco; faixa de apoio ao Movimento de Salvação Nacional e à Revolução de 25 de Abril de 1974 pendurada no paquete; desembarque dos militares do paquete, proveniente de Angola, no Cais da Rocha de Conde de Óbidos, e recolha da bagagem; Agostinho Neto, Presidente de Angola, e Francisco Costa Gomes, Presidente da República, a discursar (sem som); militares cumprimentam as pessoas que os esperam. 01h47m33: Declarações de Maria do Céu sobre a luta da mulher angolana integrada num processo revolucionário, a necessidade de se conhecer a diversidade étnica de Angola para poder transmitir a ideologia que conduz a uma sociedade progressista e a urgência de a mulher angolana ultrapassar as dificuldades e participar ativamente na construção de uma nova sociedade, ilustradas com pormenores do mural do MPLA, Maria do Céu encostada à parede.