Encontro com Almodôvar
Neste programa, José Hermano Saraiva, encontra-se na vila de Almodôvar, onde destaca o seu artesanato, a sua riqueza arquitetónica e beleza paisagística.
Resumo Analítico
Casario da vila de Almodôvar, em simultâneo, José Hermano Saraiva, relata a História deste concelho do Baixo Alentejo, nomeadamente a origem do nome; Ruas, jardins e do quotidiano da população de Almodôvar; Local, ao qual se chama, o Castelo e que comprova a existência no passado, de uma fortificação que deu origem ao nome da vila; Ponte romana e moinhos abandonados enquadrados em paisagens alentejanas, circundantes da vila e que ilustram o abandono da terra, com destaque para um dos moinhos com a data de 1765, consequentemente do tempo do Marquês de Pombal; Estação arqueológica das Mesas de Castelinho na qual se descobriram vestígios anteriores aos romanos, do século V ou VI A.C., dos tempos romanos e árabes, aqui o historiador enaltece a cooperação encontrada entre Câmara Municipal de Almodôvar, IPPAR e Universidade de Lisboa; Peças e artefactos encontrados naquela estação arqueológica, que estão expostos no Museu Arqueológico Municipal e Etnográfico de Santa Clara-a-Nova, nomeadamente um pote com cerca de 2.500 anos, uma talha de origem mediterrânica, entre outras; Reconstituição da vida no Baixo Alentejo há cem anos atrás, existente naquele Museu, desde as oficinas, o ferreiro, a professora, o sapateiro, até à típica casa alentejana; Fachada de uma casa do século XV que foi a primeira Câmara Municipal de Almodôvar, destacando-se a porta da cadeia que ficava no piso inferior da referida casa (00:13:10) onde funciona hoje o Museu Municipal Severo Portela, onde se expõe parte da colecção de pinturas daquele artista alentejano que morreu em 1985; Fachada da Igreja de Santa Cruz que necessita de uma intervenção de conservação e restauro; Convento de S. Francisco, em Almodôvar, classificado como monumento nacional, o qual também precisa de intervenção das autoridades para o seu restauro, bem como a Igreja que fica mesmo ao lado e cujo interior do fim do século XVII, de talha dourada está em decadência; Artesãos trabalhando o cabedal para fazer calçado, na Escola de Sapateiros do mestre Chico Pequeno; Bulício e agitação do Mercado Municipal de Almodôvar; Casas abandonadas numa aldeia, cujo nome, o historiador desconhece na Serra do Caldeirão; Paisagens panorâmicas de um vale do concelho de Almodôvar; Paisagens alentejanas e de montes alentejanos em ruínas, que ilustram o abandono que se tem verificado neste concelho, que passou, em poucos anos, de 18.000 habitantes para metade o que, segundo o historiador, se deve à excessiva limitação decorrente da lei ao integrar mais de metade deste concelho na Reserva Ecológica, facto criticado pelo historiador.