Adriano Moreira
Entrevista conduzida por Graça Franco, diretora adjunta da Rádio Renascença, e por Nuno Pacheco, diretor adjunto do jornal "Público", a Adriano Moreira, professor universitário e especialista em Relações Internacionais, sobre terrorismo internacional e os seus reflexos nas mudanças políticas dos governos, a intervenção militar no Iraque e as políticas externas dos Estados Unidos da América e da União Europeia, e o papel da NATO na conjuntura mundial.
Resumo Analítico
Início do programa com a introdução sobre a essência da entrevista, seguido do comentário do entrevistado ao ataque terrorista em Espanha, em 11 de Março último; Opinião sobre a mudança política verificada nas eleições espanholas a seguir àquele atentado, que substituiu o Governo do PP por um do PSOE; O entrevistado comenta a atitude política dos Estados Unidos da América e Inglaterra em relação ao Iraque, sempre com uma posição crítica e consciente que "...tal actuação se verificou à margem da lei internacional..."; Comentário à posição de Mário Soares que chegou a propôr uma negociação com o grupo terrorista Al-Qaeda; 18m23: Comparação entre o terrorismo internacional e o terrorismo doméstico, como o da ETA e do IRA "...para o qual a União Europeia e os Estados Unidos nunca se prontificaram a acabar ou sequer a ingerir, condicionando-os a problemas da Espanha e da Irlanda, respectivamente..."; 23m10: Opinião sobre os Serviços de Informações de Portugal destacando a importância deste organismo para a prevenção do terrorismo, classificando a organização desta entidade como "muito deficiente"; Crítica à desorganização dos Serviços de Informações, cuja utilidade não pode ser confundida com a da extinta PIDE; 29m16: Comentário à vitória do PSOE, em Espanha como "...eventual forma de alteração da política externa europeia, proporcionando o aumento da solidariedade europeia em redor do inimigo comum - o terrorismo..."; 31m46: Comentário à Constituição Europeia que está em discussão; opinião sobre a criação de um directório europeu e críticas ao alargamento da União Europeia - UE e à fixação do critério da densidade populacional como aferidor da importância de cada país na União Europeia; O entrevistado entende ser necessário, no alargamento, "...mais prudência governativa...", objectando ainda contra a entrada da Turquia neste alargamento da UE; 43m37: Opinião sobre o futuro da Nato na conjuntura mundial actual; 47m16: Críticas de George W. Bush em relação às políticas externas, mormente para o Iraque; 51m49: Comentário à reeleição de Vladimir Putin na Rússia e reflexos na UE e política mundial; e ainda à cooperação reforçada na UE, onde entende que "...Portugal deve estar sempre..." e ainda para a importância da lusofonia e da relação dos países que falam a língua portuguesa na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP; O programa termina com os comentários breves do entrevistado a personalidades e conceitos, a saber: - Iraque; - Democracia; - Terrorismo; - George W. Bush; - John Carrie; - União Europeia; - Nações Unidas; - Durão Barroso; - Paulo Portas; - Jorge Sampaio.