Albino Aroso
Entrevista conduzida por Joana Bénard da Costa, jornalista da Rádio Renascença, e por José Manuel Fernandes, diretor do jornal "Público", a Albino Aroso, médico especialista em saúde materno-infantil, sobre o encerramento dos serviços de obstetrícia e o estudo que culminou com esta decisão, a evolução da concepção do planeamento familiar e da diminuição da taxa de mortalidade infantil em Portugal, as políticas do Governo no campo da neonatologia e a questão da interrupção voluntária da gravidez.
Resumo Analítico
Início da conversa com apresentação do entrevistado e das temáticas a debater; Comentário aos previstos encerramentos que o ministro da Saúde já anunciou de vários blocos de parto; Destaque para a evolução da concepção do planeamento familiar e da diminuição da taxa de mortalidade infantil em Portugal; referência ao facto de Portugal ser um dos países do mundo com a taxa de mortalidade infantil mais baixa, inclusive mais baixa que a de Espanha, França, Inglaterra e Alemanha; O entrevistado explica o trabalho que desenvolveu enquanto foi responsável da Saúde nos Governos de Francisco Sá Carneiro e Cavaco Silva e ainda enquanto técnico de Saúde materno-infantil; Análise ao trabalho desenvolvido pelos peritos da Comissão Técnica, da qual faz parte, constituída pelo Governo para a realização de um estudo que culminou com a decisão de encerramento de blocos de parto em vários Hospitais do país; Explicação dos motivos que conduzem à decisão de encerramento de maternidades em Portugal; retrato da situação actual no que diz respeito às condições médicas das maternidades em Portugal; Elogio das políticas de Saúde do Governo no campo da neonatologia; Comparações entre o estudo agora elaborado pela Comissão Técnica e aquele no qual também participou na década de 80 que conduziu ao encerramento de mais de uma centena de blocos de parto; Realce para as qualidades das mulheres portuguesas que engravidam; crítica à falta de condições da sociedade actual que não promove a maternidade jovem; Opinião sobre a interrupção voluntária da gravidez para a qual defende o regime alemão.