João Salgueiro
Entrevista conduzida por Raquel Abecasis, chefe de redação da Rádio Renascença, e por Cristina Ferreira, redatora de Economia do jornal "Público", a João Salgueiro, presidente da SEDES e da Associação Portuguesa de Bancos, sobre o papel da sociedade civil nos nossos tempos, e sobre a situação política, económica e social no país e no mundo.
Resumo Analítico
Início do programa com a apresentação do entrevistado e das temáticas a abordar na entrevista; O entrevistado começa por explicar os objectivos da SEDES, organismo ao qual preside, justificando a necessidade de reflexão do futuro, dos planeamentos de médio e longo prazo que entende inexistirem em Portugal; 10m21: Comentário ao alargamento da União Europeia a mais dez países e os reflexos desse facto na economia europeia e a necessidade de afirmação de Portugal nessa economia como na economia mundial pela positiva; 12m40: Opinião sobre a problemática da Constituição Europeia, explicando-a num contexto de evolução da União Europeia e da afirmação de duas grandes potências, a França e a Alemanha dentro da conjuntura histórica da queda do muro de Berlim e da implosão do bloco soviético; 14m55: Importância da afirmação dos portugueses nos lugares de topo das instituições europeias como a eventualidade de António Vitorino assumir a presidência da Comissão Europeia e a necessidade de coordenação entre funcionários, eurodeputados, em suma, todos os portugueses que exercem funções nas instituições da União Europeia; 16m53: Realce para a importância do orçamento da União Europeia, os seus objectivos económicos e das políticas económicas e de determinados sectores como a agricultura ou as pescas onde, no seu entender, Portugal deveria investir para se tornar mais competitivo; 21m26: O entrevistado entende que o país terá de alterar comportamentos e atitudes que visem a participação cívica das populações em matérias decisivas para o país, para tanto, considera necessária a alteração do sistema político; 26m24: Comentário ao peso da burocracia na administração pública portuguesa, considerando importante a reforma da administração pública que passará pela informatização dos serviços; 29m12: Problemática dos gestores públicos, do manifesto dos empresários portugueses que pretendem manter os centros de decisão em Portugal; das privatizações e a ausência de estratégia e planeamento das acções políticas e económicas em Portugal; 35m21: Comentário ao Estado Social, Estado de Previdência e a política de aumento da idade de reforma; 39m09: Comparação entre os Estados Unidos da América e a Europa em termos gerais; 41m15: O entrevistado faz uma breve análise do sistema político actual e do espectro político vigente, afirmando a necessidade de motivação cívica; 45m13: Investimento empresarial, com críticas aos decisores portugueses, políticos e organismos de representação dos trabalhadores - os sindicatos; 47m30: Comentário ao défice orçamental actual e à necessidade de rigor na despesa pública, seguido de comentário ao discurso do Presidente da República durante a cerimónia do 30º aniversário do 25 de Abril de 1974; aproveita para explicar alguns dos problemas da Justiça em Portugal que limitam outros sectores impedindo o país de se desenvolver; 52m27: Análise à coligação governamental PSD / PP e de seguida compara a candidatura de Pedro Santana Lopes e de Cavaco Silva, optando por este último e comentando a eventualidade de Balsemão se candidatar; 55m40: O entrevistado escusa-se a comentar o processo de corrupção no futebol que resultou nalgumas detenções de dirigentes desportivos e aconselha a comunicação social a dar relevância a assuntos mais pertinentes para o desenvolvimento do país onde, segundo afirma, a imprensa pode ter um papel de relevo a desempenhar.