Comício do Movimento Nacional Pró-Divórcio

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Lisboa, Pavilhão dos Desportos, Movimento Nacional Pró-Divórcio (MNPD) organiza o primeiro comício que reúne pessoas de várias cidades que reivindicam o direito ao divórcio para os casamentos celebrados pela Igreja Católica.

  • Nome do Programa: NOTICIÁRIO NACIONAL DE JUNHO
  • Nome da série: NOTICIÁRIO NACIONAL DE 1974
  • Locais: Lisboa
  • Temas: Sociedade
  • Canal: RTP 1
  • Tipo de conteúdo: Notícia
  • Cor: Preto e Branco
  • Som: Misto
  • Relação do aspeto: 4:3

Resumo Analítico

Pessoas assistem ao comício e à intervenção de oradora; mesa de oradores com destaque para as faixas "Democracia sem divórcio é uma farsa" e "Lutamos pela dignificação do povo português" e intervenções de Armando de Oliveira Soares, fundador do MNPD, e de Maria Estrela Curado que afirma "daqui e em nome de todas as mães solteiras (...) eu ergo o apelo de todas elas e seus filhos dirigido ao senhor ministro da justiça, não ao regime concordatário da insolubilidade do casamento católico! Não há situação vexatória de mão solteira! Não ao ferrete estigmatizado do filho ilegítimo" e á aplaudida pela plateia; intervenção de Afonso Baptista de Carvalho em que critica a Igreja Católica, destaca "pois haverá coisa mais dolorosa para uma mulher (...) do que dormir com um homem de quem não gosta apenas porque precisa do teto e do pão, apenas porque não voltar a reconstituir o seu lar" e refere a culpa do regime fascista na estipulação de normas inspiradas no "código fascista italiano", sendo aplaudido ao longo do seu discurso. Intervenção do Cónego Urbano Duarte em que afirma "eu tenho de apoiar este movimento (...) eu devo dizer, eu sou contra a realidade do divórcio. O que eu não consinto, nem admito, é que uma lei do Estado, por motivo religioso tolha o seu cidadão de um direito comum a todos os cidadãos. E também não concebo que a Igreja continue agarrada às posições tomadas há 34 anos" ilustrado com planos dos apoiantes a assistir e bater palmas. Intervenção de Leão Franco em que apela à destruição do artigo nº 1790 do Código Civil, critica o regime do Estado Novo e a sua postura e actividade perante o povo português e afirma "que não sejam os casados pela Concordata os únicos prisioneiros deste país".

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