Barros Basto: o Capitão Mal-Amado – Parte II
Segunda parte do documentário sobre a vida do Capitão Artur Carlos de Barros Basto, conhecido como "O Capitão Mal-Amado", com destaque para as suas origens judaicas, a dimensão da sua cidadania e obra de resgate cultural e religioso do judaísmo em Portugal, a oposição ao regime do Estado Novo, e o processo póstumo de reabilitação do seu nome e reposição de justiça.
Resumo Analítico
28m00: Imagens de arquivo, a preto e branco, de Adolf Hitler, líder da Alemanha nazi, a discursar, de monumento a arder, militares e tanques de guerra a desfilar, de soldados na trincheiras, canhões a disparar e comboio e edifícios a arder durante a II Guerra Mundial. 29m10: Imagens de arquivo, a preto e branco, do Castelo de Guimarães, de discurso de António de Oliveira Salazar a enaltecer a ?raça portuguesa?, da bandeira nacional a ser içada e de elementos nazis a atacar casas, lojas e a agredir judeus na Noite de Cristal de 9 a 10 de novembro de 1938 alternado com fotografias de refugiados judeus que escaparam à perseguição nazi; página de jornal noticia comemorações religiosas judaicas no Porto; Elisabeth Kiefe, refugiada judia e amiga de Barros Basto, refere o seu carácter progressista e Guilhermino Ranito, ex-aluno da Sinagoga Kadoorie Mekor Haim no Porto, comenta os ataques perpetuados pelos membros da Escola Alemã e do medo que se respirava também em Portugal. 32m36: Imagens de arquivo, a preto e branco, de movimento de rua na zona circundante da Torre dos Clérigos e na Avenida dos Aliados no Porto e de pessoas a atravessar o passadiço da Ponte Dom Luís; Torre dos Clérigos; roupa estendida e exterior de edifícios de habitações; fachada dos Armazéns Cunhas; ?fonte dos leões? na Praça Gomes Teixeira no Porto; Mário Cal Brandão, opositor do regime do Estado Novo, destaca a postura de oposição de Barros Basto ao regime; fachada e interior do café ?A Brasileira? e do ?Majestic? onde Barros Basto se reunia com amigos; grafismo ilustrativo de documentos dactilografados com relatórios de informadores sobre Barros Basto; movimento de rua na zona comercial do Porto; fotografia de Barros Basto a passear; Miriam Barros Basto, filha de Barros Basto, recorda os passeios que fazia com o pai em que eram seguidos pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE). 36m48: Fachada da Torre do Tombo; arquivo da PIDE-DGS (Direção-Geral de Segurança); mão a retirar ficha de Barros Basto; processos da polícia política com cópias de cartas dirigidas a Barros Basto; Manuel Mirandela comenta a atuação da PIDE; Lurdes Paulo, viúva de Amílcar Paulo, amigo de Barros Basto, mostra álbum de fotografias e refere as perseguições que a PIDE fazia ao seu marido; Avenida dos Aliados sendo possível observar a Câmara Municipal do Porto e edifícios antigos da avenida; Beatriz Cal Brandão, ativista contra o regime, relata a sua prisão e como descobriu que um seu conhecido era informador da PIDE alternado com imagens de arquivo, a preto e branco, do interior de estabelecimento prisional. 41m04: Grafismo ilustrativo de documentos dactilografados com informações sobre Barros Basto; imagens de arquivo, a preto e branco, de manifestação de apoio e agradecimento a Salazar no Terreiro do Paço após a vitória dos Aliados na II Guerra Mundial, da Ponte Dom Luís e legionários a desfilar nas ruas do Porto alternado com fachada de prédios de habitação; Miriam Barros Basto refere as consequências da despromoção do pai no exército e exclusão social de que foi alvo dado ser perseguido pelo regime, não encontrando trabalho por esta razão; vista geral da Ribeira do Porto e movimento de rua na Avenida dos Aliados. 45m13: Lurdes Paulo comenta a perseguição de que Barros Basto era alvo e da desilusão que este sentia que o levou à decadência; fotografia de Barros Basto já idoso; Manuel Miranda, conhecido de Barros Basto, refere o apoio atribuído ao capitão, Maria Antonieta Garcia, professora, e Joshua Ruah, presidente da Comunidade Israelita, explicam porque é que Barros Basto foi perseguido pelo Estado Novo; Miriam Barros Basto entra no cemitério de Amarante e deposita flores no jazigo do pai; imagens de arquivo, a preto e branco, da Guerra do Ultramar com militares portugueses a combater nas ?províncias ultramarinas?, feridos e mortos a serem transportados em macas, cubatas a arder, jipe na mata e soldados a saltar de helicóptero e a resgatar militar ferido. 49m49: Imagens de arquivo, a preto e branco, da Revolução de 25 de Abril de 1974, de militares desfilam em tanques ao mesmo tempo que os populares aplaudem, celebram e gritam ?viva? e a revistar agentes da PIDE sendo possível ouvir ?Morte à PIDE?; grafismo ilustrativo de documentos dactilografados relativos ao indeferimento de pedido de Lea Azancot, esposa de Barros Basto, para a reintegração e reabilitação do seu marido; corredor dos arquivos jurídico-legais onde funcionário retira caixa e abre o processo de Barros Basto; documentos do processo; Joshua Ruah aponta interesses de carácter político, militar ?e uma mãozinha da direita? que recusam reconhecer a injustiça para explicar a não resolução do caso e o insucesso da luta pela reabilitação de Barros Basto 52m44: Grafismo ilustrativo do parecer do Estado Maior das Forças Armadas que aponta para uma possível revisão do processo e injustiça cometida sobre o Barros Basto; estrela judaica na fachada de prédio no Porto; Guilhermino Ranito afirma saber quem foi que quis mal a Barros Basto e o perseguiu, não dando contudo o nome por não querer problemas; fachada da Sinagoga Kadoorie Mekor Haim; Ferrão Filipe, da Comunidade Israelita do Porto, refere o legado deixado por Barros Basto e o sonho de resgatar em termos culturais e religiosos as raízes do judaísmo; fotografia de Barros Bastos fardado e com condecorações; armas e condecorações expostas sobre uma mesa; informação textual sobre a vida de Barros Basto. 57m07: Vivo de Fátima Campos Ferreira em estúdio.