Barros Basto: o Capitão Mal-Amado – Parte I
Primeira parte do documentário sobre a vida do Capitão Artur Carlos de Barros Basto, conhecido como "O Capitão Mal-Amado", com destaque para as suas origens judaicas, a dimensão da sua cidadania e obra de resgate cultural e religioso do judaísmo em Portugal, e a expulsão do exército sob suspeitas de homossexualidade.
Resumo Analítico
Fátima Campos Ferreira introduz o tema do documentário em estúdio. 05m00: Genérico do documentário com testemunhos de contemporâneos de Barros Basto; fachada da Sinagoga Kadoorie Mekor Haim no Porto; crianças a assistir a aula de hebraico; vista de Amarante com destaque para a Ponte e Igreja de São Gonçalo sob o rio Tâmega; mulher na varanda; fotografias de Amarante, Artur Basto, em criança, de Maria Ernestina e José Carlos, mãe e pai de Artur; imagens de arquivo, a preto e branco, da Ponte Dom Luís e da zona ribeirinha do Porto, com bois a puxar carroça e pessoas a passear e a comer, de movimento de rua em Lisboa, da fachada da estação de Santa Apolónia, da cerimónia fúnebre das vítimas do Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908 e de manifestantes na Revolução de 1910 no Rossio em Lisboa alternado com fotografias de Artur Basto em jovem. 09m06: Fotografias de José Relvas, político, a proclamar a implementação da República, na varanda dos Paços do Concelho em Lisboa, de manifestação no Porto (onde Barros Basto se encontrava no momento da implantação da República); símbolo e documentos da maçonaria, para a qual Barros Basto entrou antes da revolução; imagens de arquivo, a preto e branco, de militares a desfilar, canhões e explosões durante a I Guerra Mundial, soldados mortos e a correr sob bombardeamentos, militares em guerra na Flandres (onde Barros Bastos esteve destacado), Bernardino Ribeiro, presidente da República, a passar revista às tropas na Flandres; fotografias de Barros Basto com trajes militares, da família Azancot e de Lea Azancot, esposa de Barros Basto. 11m26: Imagens de arquivo, a preto e branco, de manifestantes na Revolução de 28 de Maio de 1926, vista geral do Porto, exterior de habitações e vida quotidiana na cidade e de comboio em movimento alternado com fotografias do General Gomes da Costa, líder do golpe militar que põe em marcha a ditadura militar, e de António de Oliveira Salazar, professor de direito, a seu lado e do lançamento da primeira pedra da construção da Sinagoga Kadoorie Mekor Haim, na qual Barros Basto esteve envolvido como dinamizador do movimento judaico com o objetivo de resgatar os marranos praticantes escondidos. 13m32: Comboio atravessa montes em Trás-os-Montes onde Basto andou em busca dos judeus escondidos alternado com carris ferroviários; relógio e fachada da Estação Rodoviária de Bragança, instalada na gare; Manuel Miranda, conhecido de Artur Basto, refere as recordações que guarda dele e passeia por Bragança, localidade que por via da ação de Barro Basto viu a sua comunidade judaica organizar-se, chegando a ter sinagoga, rabino e escola alternado com largo com pelourinho e fachada da Igreja de São João Baptista da Sé; fotografias de Artur Mirandela, amigo de Barros Basto; imagens de arquivo, a preto e branco, de pessoas no Largo da Sé e caminhar pelas ruas de Bragança; exterior de habitação onde Barros Basto ficava alojado; torre e Castelo de Bragança; mulheres a fazer renda; muralhas; interior da Sinagoga de Bragança e objetos religiosos. 19m22: Imagens de arquivo, a preto e branco, do cortejo comemorativo do 10º aniversário da Proclamação da República em Braga, de Salazar e Óscar Carmona, presidente da República, a acenar a populares, do discurso de Salazar para militares afirmando que ?Não discutimos Deus e a virtude. Não discutimos a Pátria e a sua história. Não discutimos a autoridade e o seu prestígio. Não discutimos a família e a sua moral. Não discutimos a glória do trabalho?; fotografias e documentos de Barros Basto; Maria Antonieta Garcia, professora, comenta o processo de assédio que foi instaurado contra Barros Basto, acusado de ser homossexual por presidir às cerimónias de circuncisão de jovens judeus; documentos do processo; Miriam Barros Basto, filha de Barros Basto, relata como o pai reagiu à sua expulsão do exército sob acusações de homossexualidade; fachada e interior da Sinagoga Kadoorie Mekor Haim; símbolos religiosos judaicos.