General António Ramalho Eanes pronuncia-se sobre a igualdade de direitos e deveres dos candidatos à presidência da república, comenta a sua eleição para a presidência da república em 1976, a possibilidade de escolha do eleitorado, o socialismo enquanto "meta atingir" nos seus discursos em 1976 e a importância da Constituição Portuguesa, o socialismo enquanto objetivo a atingir durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) e os meios de produção em resposta a Dinis de Abreu. 15m06: António Ramalho Eanes responde a questões colocadas por José Manuel Barroso relativamente à eventual alteração/revisão da Constituição Portuguesa, afirmando que "eu não sou contrário ao referendo enquanto tal. Eu sou contrário ao referendo como instrumentos de modificação desta Constituição". 19m57: António Ramalho Eanes responde a questões colocadas por Marcelo Rebelo de Sousa relacionadas com as críticas que dirigiu ao Coronel António Soares Carneiro, candidato apoiado pela coligação Aliança Democrática (AD) à presidência da República, e ao facto da seu eleição constituir um "perigo de concentração de poderes" que pode levar ao "uso arbitrário de poder", refere o acordo que vai ser celebrado entre si e o PS, pondera se o candidato da AD conseguirá separar-se do partido em momentos de crise política e social, pronuncia-se sobre o semipresidencialismo verificado em alguns países europeus em que o presidente partilha o poder executivo com um primeiro ministro e um gabinete em comparação com o sistema de governo vigente em Portugal. 26m30: José Manuel Barroso insiste em colocar mais uma questão, Pedro Oliveira recorda a exigência de António Ramalho Eanes relativamente ao tempo disponível para os candidatos à presidência da República e o candidato aceita responder a uma última pergunta relacionada com a importância do "bloco central", de defender a necessidade de consenso entre socialistas e sociais democratas, a aceitação que o presidente deve ter perante as decisões tomadas pelo eleitorado português, a importância e necessidade de existir alternância do poder político. 30m19: António Ramalho Eanes responde a questão de Dinis de Abreu relativa à promoção a general, de António Soares Carneiro e a negação da mesma ao Coronel António Pires Veloso decretadas pelo Conselho da Revolução sob a sua presidência, e a sua opinião política sobre o candidato Soares Carneiro. 34m00: António Ramalho Eanes afirma que "eu aceito que antes da primeira volta esse debate seja feito (...) é indispensável que a televisão portuguesa, que não é privada, conceda a todos os candidatos o mesmo tempo. Estou inteiramente disponível, qualquer que seja a solução que encontrem, desde que a solução permita que todos os candidatos estejam aqui o mesmo tempo" em resposta a Pedro Oliveira que questiona o candidato se estaria disponível para conceder entrevistas mais longas e participar em debates televisivos na eventualidade de acontecer uma segunda volta. 36m04: Pedro Oliveira expõe os critérios utilizados na série de entrevistas conduzidas aos candidatos à presidência da República e António Ramalho Eanes diz-se discordante com os tempos concedidos a todos os candidatos.