Munoz Molina

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Entrevista feita ao escritor espanhol, António Munoz Molina. Fala sobre as suas obras, escritores portugueses e sobre Lisboa.

  • Nome do Programa: Munoz Molina
  • Nome da série: PORTUGALMENTE III
  • Personalidades: António Munoz Molina
  • Temas: Artes e Cultura
  • Canal: RTP 2
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Voz-off, faz a apresentação do escritor Munoz Molina; na imagem vê-se este, na sessão de autógrafos do lançamento do seu livro "Plenilúnio". 02m54: O escritor fala da sua passagem por Lisboa, após a escrita do seu livro "O Inverno em Lisboa" (prémio nacional da crítica e prémio nacional de Espanha), veio visitar os lugares por onde passavam os seus personagens. Lisboa tinha o atractivo paradoxal do que estava muito perto e ainda que muito longe. O livro melhorou muito com esta viagem feita durante três dias. Era empregado da Câmara Municipal de Granada e esse romance veio-lhe alterar a vida. Falam do seu primeiro romance "Beato zile", baseado em Horácio. 07m47: Gosta de ser um escritor realista (escrever sobre a vida diária), faz referência a Pedro Galdoz e Eça de Queiroz, outros realistas. O Realismo é um género literário generoso e rico. Actualmente os romances tem tendência para ser reflexões literárias sobre a alma do escritor; Munoz Molina gosta mais da escritura realista que para ele não quer dizer que seja do séc. XIX, ou conservadora. No "Inverno em Lisboa" , o escritor fala de Jazz, diz que foi meramente um tema retirado dos muitos gostos culturais que tem e cita Garcia Lorca e a sua obra "Romanceiro Cigano" em que escrever sobre esse povo foi apenas um tema. 12m28: Fala do Nobel atribuído a José Saramago, tendo ficado feliz. Fala de uma tradição de temeridade ou tentativa de resumir o mundo num livro, como o fizeram Balzac, Flaubert, Joyce, Faulkner e Queiroz; o livro pode explicar as coisas e Saramago faz parte dessa corrente. Qualquer obra pode ser local e ao mesmo tempo universal. 15m15: Falam do livro "O Dono do Segredo", relato curto, escrito após ter lido no jornal a notícia sobre a Revolução em Portugal, descreve-o como uma novela sobre o sonho de revolução democrática em Espanha. Dois momentos políticos importantes para as pessoas da sua geração: Ditadura de Pinochet e 25 de Abril (este sentido sentido por ele como um sonho cumprido por outros). 18m09: Fala de Lisboa, como portadora de um carácter muito forte, que ao mesmo tempo não é impositivo; renova-se e no entanto não muda; tem a presença de África e do Oriente. Gosta das conversas em voz baixa dos restaurantes portugueses. 23m30: A literatura policial tem o esquema perfeito do romance e o seu impulso é a vontade de saber algo, o mesmo se passa no romance. 25m01: Defende a tradição anglo-saxónica por oposição à francesa, em que o escritor é um guru; para ele o escritor é um cidadão igual aos outros.

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