Marcelo Caetano refere as preocupações que afetam a Europa, destacando o petróleo e a forma como o conflito israelo-árabe pode afetar a sua produção, indústria, emprego e prosperidade do setor energético. 05m15: Destaque para a "vida moderna" a partir de uma conjuntura internacional em que a participação coletiva é uma realidade e "que dependemos uns dos outros, todos de todos, cada vez é menos possível nos problemas básicos da economia fazer uma política egoísta" e a postura dos países envolvidos no conflito israelo-árabe relativamente a esta questão. 08m50: Salienta a importância da colaboração dos cidadãos na questão do petróleo de modo a evitar "medidas mais drásticas" e afirma que "o governo não pedirá sacrifícios inúteis" referindo-se ainda ao consumo das decorações de rua alusivas ao Natal e pronuncia-se sobre os rumores que asseguram a subida dos preços. 11m30: Referência a questões relacionadas com problema do petróleo, comenta a ações dos países árabes que procedem "sem a consciência dos deveres que hoje impõe a convivência internacional e as responsabilidades que os povos tem uns com os outros. Diz-se que mundo é de todos mas nunca se viram tantos exemplos de desrespeito dos direitos de cada um e de desprezo pelas normas civilizadas das relações internacionais", refere o exemplo concreto do Congo Belga, atual Zaire e destaca o conceito de "africanização" que decorre. 15m25: Caetano afirma que "não pode o governo português, não pode o povo português deixar de protestar contra uma providência que fere injustamente cidadãos pacíficos, estabelecidos de há muito num país para cujo desenvolvimento contribuem e que na estima popular têm até agora encontrado a justificação da sua presença e o escudo da sua defesa" em relação ao Zaire. 17m19: Referência à campanha internacional que se move contra Portugal supostamente assente na ação de uma pequena fração das Forças Armadas que terá cometido um massacre contra uma população civil numa dada aldeia cujo responsabilidade não pode ser incumbida ao governo português e "da nossa parte continuamos fiéis às normas pelas quais nos temos sempre conduzido mas ninguém pode esperar de nós que aceitamos abdicações vizinhas do aviltamento".